Vírus do Ódio

Contamine-se agora

Com o vírus do ódio

Aquele que acompanha a alma

Dilacera o corpo

E sangra o coração.

Sinta agora a única Verdade Universal

Sinta...

Apenas sinta e o despeje com todo o seu "Amor"!

O ódio

Ah! O ódio, único sentimento verdadeiro.
Se Amamos, podemos um dia odiar

Mas se odiamos

Ah! Isso permea por toda a eternidade.

Não há nada mais belo que o ódio

Nada mais amplo e inimaginável.

Fazemos coisas esplêndidas

Soltamos nossa parte feroz

E revelamos quem somos!

Contamine-se agora com o vírus moral

No final, tudo nos leva a ele.

Sinta...

Apenas sinta...!

Bailarinas Esvoaçantes

Soltei o verbo, cansei de emudecer segredos

de soterrar meus medos.

Cortei o pulso, abri a veia dos desejos

dei vazão aos meus impulsos.

Não quero mais o amor em lampejos

quero a vida escancarada e nua

esparramada como a luz da Lua no solo arenoso dos sentimentos.

Quero viver intensos momentos numa liberdade arrojada!

O Canto do Eu-Pássaro

Chora minguante. Oh! pássaro não livre

Pela liberdade tão afastada de ti

Chora que como encurralado por um tigre

No desespero da real consciência de si.

E como se a gaiola que te prendem as asas

Fosse maior que tua própria solidão.

Música pura e triste. "Retrato do desamparo"

Era o que lhe amparava, como um cafuné

Era o dom ao seu conforto, era único e raro.

Se percebessem, os tolos, iriam te aplaudir de pé.

Será que ainda existe Salvação?

Ficarei aqui sozinha

sorvendo o meu cálice

de auto piedade.

Fico olhando a luz do dia

tentando me alcançar

na esperança de que vou me salvar.

As lágrimas que caíram dos meus olhos

me fizeram ver melhor

que algumas coisas são somente vaidade.

Estou numa sala vazia

e ouço os meus pensamentos.

Ainda estou suportando

toda mentira que esse mundo

vomita contra mim.

Vou me manter pura

apesar de todos os

sentimentos bons que havia em mim

se corromperem!