domingo, 16 de fevereiro de 2014

Lamentos



Devo aceitar o meu padecer,
Sombras, carne fétida,
Tudo é negro
Estou pálida,
Falta sangue nas veias,
Falta vida neste viver.

Grito, tento me aproximar,
Ninguém escuta...
Choro a dor de feridas
Expostas na alma,
Ninguém vem me consolar...
Sou nada, existi apenas...

Alta madrugada, todos dormem,
Sono profundo, eterno,
Estou a perambular, não descanso
Frio jazigo.
Queria embalar num sono real,
Voltar a viver, sorrir
Desta vez quem sabe,
Ser feliz!