sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sono


Vida
Tediosa existência,
Incessante dúvida,
Eterna dívida,
Maior dos sentidos e mistérios

O que senão o sono,
O inibidor dos sentidos
Para nos desprender daqui,
Oh! sofrido mundo!
O sono é a morte dos que ainda vivem.

Para os que dele retornam,
Resta apenas serem tolos
E procurarem a felicidade
Ou serem sábios
E procurarem evitar a dor
Ciclo vicioso, degradante, tedioso.

O que senão o sono eterno
O finalizador dos sentidos
Para nos tirar daqui,
Oh, sofrido mundo!
A morte é o sono dos que não vivem.

Os que para ela foram,
Aqui não mais retornarão.
Resta-lhes o nada,
Fazer nada.
Não serem, pois nada são
Nada é!
Não há ciclo
Apenas a degradação completa.

Insistentes,
As artes preencherão o vazio de tuas almas
Pobres almas...
Destroçadas pela vida.
O sono,
O analgésico para a dor da vida.

terça-feira, 15 de julho de 2014

É assim que me sinto


Solidão
Palavra que machuca
Palavra que é sentida
Palavra que é vivida.

Me sinto só
Em um mundo imenso
Uma simples criatura
Perdida no Universo
A beira de um abismo
caindo, caindo
E ninguém poderá me segurar
E ninguém é capaz de me salvar.

Sozinha
Mesmo com pessoas ao redor
Um vazio imensurável
Uma dor insuportável
Uma perda imutável

Sinto falta de um tempo longínquo
De uma época deveras feliz.
Falta dos amigos que fiz
E que nunca mais vi.

É, sinto sua falta
Ainda não havia percebido o quanto te quero comigo.
Alguém com quem possa contar, que posso confiar
que posso chorar sem me perguntar por que.
Um alguém que sempre me fez bem
que sempre me compreendeu.
Mais que um amigo, um companheiro, um consorte, minha alma gêmea.
E hoje? Eu o perdi.
Não se encontra mais em minha vida. E Eu...?
Me sinto sozinha.
Perdida nas trevas
Me afogando em mágoas
Apenas por não tê-lo mais por perto.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O sonho irreal


Tenho um sonho
Um sonho perdido
Um sonho que não está em meu caminho
Um sonho apenas iludido.

Nunca tive direito à conquistá-lo
Nunca tive o direito de sonhá-lo
Não é para mim.
O Universo não me julga capaz
De concretizar este desejo
Este caminho que tanto almejo.

Sofro sim.
Tantos anos perdidos
Acreditando que poderia ter,
SER o que sempre quis.
Mas agora que cresci
Percebi que a realidade é outra.
Nasci pobre
E pobre mal tem o direito de viver.
Como eu poderia ter o direito de sonhar e realizar algo tão grandioso?
Tive de tomar outro rumo
Caminhar por uma estrada paralela
Tentar enganar o Destino
E indo conquistando minhas metas.

Ainda estou caminhando,
porém, ainda não sei se a rota que tomei
é a ideal
Ainda não sei se o sonho que sonhei
poderá se tornar um dia
Real!