sexta-feira, 29 de abril de 2016

A saudade que há de matar


Rosas perfumadas e sem espinhos,
Que colheste, ferindo as mãos,
Sobre meu túmulo vais desfolhando
Na mais completa solidão...

Segue meu corpo envolto
Por flores, entrelaçadas as mãos,
Que um dia seguraram as suas,
E suplicaram amor em vão!

Ruflarei minhas asas na tênue linha
Que separa, no horizonte, o céu...
E hei de te ver chorar sozinho!

E se um dia tiveres que me encontrar
Que venhas vestido no mais puro véu,
Da saudade que há de te matar!

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